segunda-feira, 23 de abril de 2012


Uma história de (des)amor que não é a minha - parte XVIII


***Maria***
Fico incrédulo e sem palavras com o que acabo de ver… Há um cartaz com letras grandes que diz “Os amigos querem o BEM uns dos outros e como tal NÓS queremos-te FELIZ!
Maria: Opah! Vocês são os melhores amigos do Mundo!
André: Valeu a pena teres-me aturado com a Lua?
Maria: Oh André vale sempre a pena estar contigo nem que seja para observar uma migalhita qualquer…
Sinceramente adorei a noite, estava tudo excelente e de facto eu tenho mesmo os melhores comigo, e isto tudo fez-me lembrar que não interessa ter pai, mãe (que nos abandona, seja lá por que razão for), por perto há muito boas pessoas que tiveram de ultrapassar a vida sem tais progenitores por uma questão da natureza. E a natureza é muito agridoce, por vezes proporciona-nos momentos completamente inesquecíveis, mas nem sempre é assim…
Mas devo de confessar que nenhuma mãe, pai… deveria deixar de ver o seu rebento crescer, é que nem o senhor todo-poderoso deveria permitir tal coisa. É triste, mas infelizmente é o que temos. Mas que hajam muitos amigos como os meus para todos os benjamins a quem o destino ofereceu uma amêndoa amarga.
(…)
Acordo com o cheiro a torradas, despacho-me e vou ter à cozinha onde um pequeno-almoço me espera…
Avó: Estás melhor querida?
Maria: Sim avó, obrigada, tu és fantástica. E tenho muito orgulho em ter-te por perto
Avó: Deixa-te de lamechices se não começo aqui a chorar
Maria: Oh ‘vó (abraço-a)
Avó: Vá está aqui o pequeno-almoço que a avó preparou para vocês
Camila: A tua avó é fantástica até a fazer torradas mary
Francisco: Ahaah, é mesmo, estão sempre no ponto.
Salvador: A D. Benedita tem umas mãozinhas fantásticas, mas comam rápido que quero ir p’ra praia
Camila: A praia não foge, fica descansado, temos o tempo todo do mundo
Salvador: Não sei não, ahaah
(…)
Francisco: Vá bora lá para a praia
Avó: Levem o protector que este sol só faz é mal
Salvador: Fique descansada, até logo
Avó: Espera, vou fazer carapaus assados e sardinha, todos gostam?
Salvador: Sim, somos de boa boca. Mas olhe sendo assim nós não voltamos muito tarde que é para acender o fogareiro
(…)
Praia que é praia com os amigos tem de ter sempre croquetes na areia e corridas para tirar a dita areia, para não esquecer dos passeios de gaivota. Mas estávamos à beira-mar à espera que uma das gaivotas estivesse livre quando sinto uma picada forte no pé, nunca tinha sentido tais dores… Foi um maldito de um peixe-aranha veio logo o nadador-salvador com um spray. Foi muito atencioso, não sei mas acho que os homenzinhos são todos escolhidos a dedo, sempre muito simpáticos e atenciosos e giros por sinal, faz lembrar a série marés-vivas, ou então sou eu que tenho muita sorte para as praias onde vou.
Voltamos mais cedo para casa e devo de confessar que ninguém ficou constrangido por tal coisa, talvez tivessem ficado também com receio de voltar à água. Ou simplesmente pelo facto de sermos muito unidos. Todos se ofereceram para me trazer ao colo, mas o Salvador foi o mais rápido. Talvez tenho sido por não arranjar confusão entre o André e o David. Eles dão-se bem mas, não são assim muito “cúmplices” e por vezes mais vale mesmo o sal adiantar-se.
Todos ajudaram a fazer o jantar, eu para não andar descasquei os legumes com a Camila, e os rapazes fizeram o resto, pois demos “folga” à avó. E o dia assim passou-se, sei que tinha prometido ligar ao meu pai, mas o dia foi muito curto para tanta correria, talvez lhe ligue amanhã. Talvez!

Migalhas Felizes

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"Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar"