segunda-feira, 29 de agosto de 2011



"Podemos fugir, podemo-nos esconder, mas será que lhe podemos escapar? Quando chega tudo se transforma, o tempo para ou passa sem que demos conta. Vem de mansinho sem avisar, quando se menos espera, invade-nos com uma certeza que nos arrebata. E por muito que tenhamos esperado, quando finalmente chega é recebido de braços abertos. O amor é um sonho do qual ninguém quer acordar. De repente damos atenção a pequenas coisas que nunca antes vimos ainda que lá sempre tenham estado, mesmo no nosso caminho. E podemos estar no meio de uma multidão e não nos darmos conta disso, de estarmos sozinhos e nem percebermos, faz-nos mais pacientes e ao mesmo tempo dá-nos a impaciência de aproveitar cada novo segundo de uma forma indubitavelmente única. Ouvires música quando nem sequer há, e subitamente descobre-se que se sabe dançar sem nunca ter aprendido e isto atinge-nos a todos sem excepção. Do novo ao velho, em qualquer cidade, rua, coração, o amor tem esse poder, o poder de nos desarmar e sem armas seguimos, aprendemos novos caminhos, descobrimo-nos a nós no outro, desaprendemos para aprender, perdemos para ganhar e soltamo-nos para amar. Ou então lutamos na esperança de esquecer. 
O amor é imprevisível, simplifica até o que parece ser mais complicado. Caminha para o impossível e deixa-nos perplexos perante nós próprios, tornaste inútil. É 100% sabido que uma pessoa apaixonada comporta-se de um modo vergonhosamente ridículo. Fazemos coisas sem sabermos muito bem porque, mas nem nos importa. Este sentimento egoísta faz de nós máquinas prontas para amar tudo e todos. Podemos estar no inferno e sentimo-nos em paz, ficamos numa nova dimensão. O amor é perigoso, como uma droga. Faz-nos esquecer coisas, e querer sempre mais. Faz-nos ficar mais despertos e mais adormecidos em relação ao mundo que nos rodeia. Não deixa ainda assim de ser um mistério…"

4 comentários:

"Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar"